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Ah, K-dramas! Terra de protagonistas que aterram nos braços de CEOs ricalhaços, homens amnésicos, crianças órfãs, sogras infernais e autoestradas onde se pode fazer inversões de marcha a qualquer altura.
O que seria um dorama sem os seus clichés?
Por essa razão, reunimos os 10 clichés mais vistos nos dramas coreanos – e, psss, só aqui para nós, porque é que já fartam um bocadinho.
1. É tudo órfão
A Coreia deve ter uma taxa de mortalidade gigantesca porque eu nunca vi um protagonista que não fosse órfão de alguma coisa. Órfão de pai, órfão de mãe, órfão dos dois. E se o dorama começar com os dois pais vivos… preparem-se, porque algum vai morrer.
2. O pobre com telemóvel XPTO
Dorama que é dorama tem sempre espaço para publicitar o novo smartphone de última geração à venda no mercado. Não importa se a protagonista é pobre, tem quatro rendas em atraso, dois empregos, está a pagar as contas médicas da avó: ela vai ter nas mãos, sempre, um telemóvel de última geração.
Porque pobre, sim, mas atrasada tecnologicamente, nunca.
3. A sogra maléfica
Dizem que as pessoas ruins são as últimas a morrer e as mães maléficas dos protagonistas são seres quase imortais.
O único propósito delas é serem cabras lazarentas mázinhas e impedirem que o seu rebento tenha uma vida romântica de jeito. Não têm outro objetivo de vida ou hobbie a não ser fazer a vida da namorada do filho um verdadeiro inferno.
4. Dá para fazer u-turns em qualquer lado
O protagonista pode até estar numa autoestrada, a autoestrada pode até ter separadores de cimento, o transito pode até estar à pinha, mas ele vai arranjar alguma forma de fazer inversão de marcha. Porque o que é o código da estrada e as leis da física quando o nosso verdadeiro amor corre perigo?
5. Protagonista feita de vidro
Há sempre aquela cena em que alguém tropeça nos próprios pés, ou num degrau, ou num calhau, é impulsionado para a frente e cai estrategicamente no chão, tal qual princesa da Disney em apuros. E a queda nem é nada de extraordinário. É daqueles acidentes que tu ris e dizes à criança de três anos que está tudo bem e ela em vez de começar a chorar, começa a rir.
Mas naaaaão, a protagonista é feita de vidro. Ela cai, torce um pé, faz um traumatismo craniano, perde a memória, fala com o falecido pai em estado de coma, acorda dois meses depois com amnésia, etc.
PS: Se tiver sorte cai nos braços do protagonista.
6. Amnésia, amnésia, amnésia
Como o bom dorameiro que se preze, eu gosto das famosas cenas de amnésia. O problema é que o que é demais cansa, e os k-dramas estão saturados com isso.
Sim, é engraçado ver como o casal vai reagir a esta nova realidade – o oppa perdeu a memória e agora está a namorar com a moça que jurou que nunca iria amar – mas, ugh, mais episódio menos episódio a memória dele vai retornar e, honestamente, esse sub-plot serviu para nada.
7. O beijo de olhos abertos
O famoso “beijo de peixe”: olhos abertos, boca parada. Felizmente os novos k-dramas estão a dar-nos beijos mais dinâmicos (aleluia!), mas os doramas de início do ano 2000. Vish. Parece que ambos os amantes trocaram olhares com a Medusa e transformaram-se em pedra.
8. Amor de infância
Compreendo que a Coreia não seja um país muito grande. Mas daí a que os protagonistas se conheçam quase sempre desde crianças já é esticar a corda.
A maioria das vezes eles nem se lembram que foram amigos quando mais novos – e nem sequer é importante para a história –, mas ah e tal é o destino.
9. Triângulo amoroso
Outro clássico. Engana-se quem acha que um romance só envolve duas pessoas, porque nos k-dramas envolve quase sempre três (ou mais!).
É aqui que entra a “second lead syndrome”, porque é claro que nós, os espetadores, nos vamos apaixonar pelo segundo interesse romântico e não pelo principal.
10. A famosa cena do banho
Vocês sabem bem do que eu estou a falar. Wink wink.
Estes foram alguns dos clichés de que me lembrei. Mas, como é obvio, há muitos muitos mais. O que acham que deviamos acrescentar à lista? E há algum cliché que, por mais que já tenham visto 3236238 vezes, irão sempre adorar?
